terça-feira, 9 de agosto de 2011

A “inevitabilidade” do mal chamado “casamento” gay e a batalha a favor do matrimônio e da liberdade religiosa.


Chuck Colson
 
É hora do “campo de batalha a favor do casamento” mudar para liberdade religiosa? Essa é a pergunta que um recente artigo da revista Christianity Today* está propondo depois que o Estado de Nova Iorque aprovou o “casamento” de mesmo sexo.

De acordo com Douglas Laycock, professor de direito na Universidade de Virginia, a resposta é “Sim”. Ele diz: “Os conservadores religiosos que defendem o casamento tradicional precisam mudar seu foco para lutar em favor da liberdade religiosa”.
 
O motivo disso é que Laycock e, lamentavelmente, muitos outros acreditam, de forma errônea, na inevitabilidade do “casamento” de mesmo sexo. Eles acham que o melhor que os cristãos podem fazer é assegurar que as leis de “casamento” gay pelo menos forneçam um pouquinho de proteção para as liberdades daqueles de nós que acreditamos no casamento tradicional.

Sim, o tão chamado “casamento” de mesmo sexo representa uma grave ameaça à liberdade religiosa. Estão ocorrendo casos em que fotógrafos e outros foram processados por se recusarem a participar de cerimônias de “casamento” de mesmo sexo. Entidades católicas que cuidam de órfãos estão sendo fechadas porque só entregam crianças em adoção para uma mãe e pai que são casados. Não se engane: proteger a liberdade religiosa é uma prioridade importante.
 
Mas é exatamente por isso que abandonar a batalha pelo casamento tradicional é tolice e perigoso. Meu colega Robert George, que é professor na Universidade de Princeton, resume isso de modo perfeito: “Se você perguntar”, disse ele, “‘O que se pode fazer para avançar, na nação inteira, a proteção à liberdade religiosa?’ a resposta é esta: Ganhar a luta para preservar a definição legal do casamento como a união conjugal de marido e esposa. Ponto final”.

Lembre-se: O que o Estado dá, o Estado pode também arrancar. A proteção à liberdade religiosa no projeto de lei de Nova Iorque, por exemplo, tinha uma redação fraca e vaga. O que ela protegerá? Quem ela protegerá? Por quanto tempo? Não podemos dizer nessa altura, e logo que a questão chegar aos tribunais — e chegará aí — fica ainda mais difícil predizer.
 
Segundo, mudar o debate para a liberdade religiosa tira o centro das atenções da importância do casamento. Como Tom Messner da Fundação Heritage disse para o National Review: “O debate do casamento é em primeiro lugar um debate sobre o sentido e propósito público do casamento, não um debate sobre liberdade religiosa… Mesmo que o casamento de mesmo sexo não representasse nenhuma ameaça à liberdade religiosa, as razões fundamentais para se apoiar o casamento como um homem e uma mulher permanecem de igual modo imprescindíveis e precisam ser lidadas”. Exatamente.

Terceiro, conforme aponta Messner, o casamento de mesmo sexo não é inevitável. “Aproximadamente 30 estados”, diz ele, “têm protegido o casamento em suas constituições estaduais. Aproximadamente 40 estados têm protegido o casamento em seus estatutos”.

E em Maine, depois que a Assembleia Legislativa aprovou o “casamento” de mesmo sexo, os eleitores derrubaram a lei. E embora a elite dos meios de comunicação não queira que você saiba, de acordo com uma recente pesquisa de opinião pública do Fundo de Defesa Aliança, a maioria dos americanos quer reservar o casamento para um homem e uma mulher. Desistir da luta pelo casamento agora depois de alguns reveses é loucura.
 
O debate sobre casamento nos Estados Unidos não terminou. Agora, mais do que nunca, os cristãos precisam se equipar para defender o casamento e viver na prática a verdade sobre casamento, sexo e família em nossas próprias vidas. Essa não é tempo para derrotismo ou batida em retirada, mas para ação.

Nota do Tradutor: Christianity Today é a mãe da revista em português Cristianismo Hoje.

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